sexta-feira, 30 de maio de 2008

ser hUMano...

As vidas de hoje regem-se por cá estar, ser um ser social e ter dinheiro muito dinheiro, quanto mais melhor, depois... tentar ser feliz!

O dinheiro faz com que sejamos egoístas, falsos, até a dignidade nos foge naturalmente para não falar da honra, palavra que caiu á muito em desuso…
É triste viver no mundo de hoje, mundo selvático com cada vez menos flora para cada vez mais faunas pensativas, mundos de “dinheiros” em cabeças stressadas que vivem na plena euforia do amanhã de posse.
As amizades são apenas caminhos que se cruzam e descruzam com uma facilidade assustadora.
As famílias vivem guerras desesperadas de invejas e partilhas.
Os amores e paixões não passam de desamores desapaixonados futuros.
O dinheiro sim, a única coisa que faz sorrir a quem tem e chorar a quem o vê como miragem, amar falsamente quem o tem assim como pôr de parte quem tem o azar de não ter.
Nunca antes as carteiras tiveram tanta importância, são os carros de luxo que fazem brilhar olhos, as roupas de marca que dividem pessoas e estatutos, as casas que fazem parte obrigatória no pós casório enquanto bancos sorriem e esfregam as mãos.
As guerras entre países essas não passam de guerras estúpidas, interesses económicos étnico/políticos que tem como objectivo ganhar ou ter mais poder.
Onde está a dignidade do ser humano?
O que é ser-se humano com alguém?
É este o mundo que todos nós queremos?
Se ser humano é isto, racionais são os animais apelidados de irracionais que vivem a vida com raciocínio programado naturalmente, quanto a nós não sei que nome temos, mas irracional acho uma troca justa…

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Vezes...

Existem vezes em que a vez não nos cabe, existem pessoas que nos fazem sentir vezes servindo-se, na escola da vida cabe-nos aprender sempre mais um bocadinho de maneira a contornar todas essas vezes como mais uma, no meio de tantas outras que foram, outras virão!
Tantas e tantas são vezes que sinto, e do sentir apenas sinto o não querer.
Quantas e quantas as vezes em que venero o vigor do sol e ele me indica a escuridão da noite!?
Por tudo isso sinto cada uma dessas e outras vezes como a primeira, de modo a sugar e saborear o doce-amargo que cada uma me proporciona.
Não gosto de deixar de sentir cada gesto enquanto recordo e guardo saudades de tantos outros.
Hoje digo o que sinto, um dia sentirão o que penso!

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Coração em papel...

Por momentos me vi isolado, só, triste vazio perdido em abismos que teimavam…
Quase perdi a alma, razão do meu sobreviver, num cigarro aceso a primeira lágrima me escapou e logo se escondeu, o coração apertou tanto que em segundos desapareci e voltei a mim num lugar algures onde a solidão me observava, onde não sei, mas não quero olha-la nos olhos outra vez!
O que nos vale ter no coração o que
não podemos ter de verdade?
Não quero partir, não quero que partas,
quero ficar, quero que fiques,
conforto te presentearei, apaziguo estarei.
Enquanto escrevo, oiço musica,
esta que tanto me inspira
e me soa, entoa e me toca sem toque,
melodia essa tão vulgar quanto especial,
que me transmite notas em sentimentos
que solto em palavras.
Que coração poderia sentir melhor que o meu?
Quero sentir o teu!
Tem tanto para me dar em tanto tempo que me deu,
procurarei na desilusão a solução
na oportunidade a ocasião,
na minha vida a tua.
Obrigada por me alojares em ti,
enquanto esta ultima lágrima me cai no papel
já esborratado, triste no presente com a alegria do meu papel futuro.